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Post de aniversário para o homem que vai dividir a vida comigo. Mais do que "parabéns", Fer: "eu te amo".
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(...) Quisera olhar fixamente a tua cara,
como fazem comigo soldados e choferes de ônibus.
Mas não tenho coragem,
olho só tua mão,
a unha polida olho, olho, olho e é quanto basta
pra alimentar fogo, mel e veneno deste amor incansável
que tudo rói e banha e torna apetecível (...)
(Amor - Adélia Prado)
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(...) Todo mundo é filho de alguém, irmão de alguém, melhor amigo de alguém, o amor da vida de alguém. E esse é um papel intransferível. Escutamos uma música e sentimos uma necessidade urgente de fazer essa música chegar aos ouvidos de uma pessoa que nos é especial, uma pessoa que, imaginamos, irá gostar da música tanto quanto nós gostamos. Vontade de repartir um prazer, de saber o que o outro achou, de fundir os gostos e, através da afinidade, sacramentar uma amizade ou um amor. Isso é ser importante pra alguém. (...)
(A pessoa mais importante do mundo - Martha Medeiros)
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(...) Se eu lhe dissesse você é estúpido
ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear
eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres,
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan
pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.
(Poema começado do fim - Adélia Prado)
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(...) Intimidade é você não precisar verbalizar tudo o que pensa, é aceitar a solidão do outro, é estarem familiarizados com o silêncio de cada um. Intimidade é não precisar estar linda em todos os momentos, não precisar ser coerente em todas as atitudes, é rirem juntos de uma história que só eles conhecem o final.
Intimidade é ler os olhos, os lábios e as mãos de quem está com você. Mais do que repartir um endereço, é repartir um projeto de vida. Não basta estar disponível, não basta apoiar decisões, não basta acompanhar no cinema: intimidade é não precisar ser acionado, pois já se está mentalmente a postos.
Intimidade é não ter vergonha de ser o que a gente é, não precisar explicar coisa alguma, ser compreendido e brigar sabendo que nada irá se romper. Intimidade é não precisar andar na ponta dos pés pelos corredores de uma vida compartilhada. (...)
(Intimidade: prós e contras - Martha Medeiros)
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(...) Aprendo. Te aprendo, homem. O que a memória ama
fica eterno. Te amo com a memória, imperecível.
Te alinho junto das coisas que falam
uma coisa só: Deus é amor. Você me espicaça como
o desenho do peixe da guarnição de cozinha, você me guarnece,
tira de mim o ar desnudo, me faz bonitade olhar-me, me dá uma tarefa, me emprega,
me dá um filho, comida, enche minhas mãos. (...)
(Para o Zé - Adélia Prado)
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(...) Dar-te aquela casa de campo entre as montanhas, aquele amor entre a neblina, aquele espaço fora do mundo, fora dos outros espaços, sem telefone, sem estranhas ligações, para ali nos ligarmos um no outro em una e dupla solidão. (...)
Te dar um gesto simples. Passar a mão de repente sobre sua mão, como se apalpa a vida ou fruto, que pode ser colhido.
Te dar um olhar, não aquele ar distraído, alienado de quem está de costas prosaicas perdido, mas um olhar de quem chegou inteiro e que se entrega enternecido e desamparado dizendo: olha, sou teu, agora veja lá o que vai fazer comigo.
(Que presente te dar - Affonso Romano de Sant'Anna)
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Eu te amo como quem esquece tudo
diante de um beijo:
as inúmeras horas desbeijadas
os terríveis desabraços
os dolorosos desencaixes
que meu corpo sofreu longe do seu.
(Escolha - Elisa Lucinda)
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(...) O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:somos noivo e noiva.
(Casamento - Adélia Prado)
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(...) Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo. (...)
(Da chegada do amor - Elisa Lucinda)

Comentários

SUSTO disse…
Oi Dri!

Eu vi q tu tá no concurso d BLOGueira da Playboy. Eu votei na Dani, até pq conheço ela a uns 10 anos. Mas me chamou a atenção q tu tbn gosta d LOST. Eu ocnheço pouquíssima gente aki no RS q curte. E me chama a atenção o fato d ter muita gente da TUA região q gosta muito. Por quê será?

Antes q tu me pergunte, sim. Eu tbn sou NERD d BLOG. O meu é iniciante, e algo me diz q tu nem vai gostar muito(tenho quase certeza q não tem muito a v contigo; exceto q tu disse q gosta d conversar bobagem. Por esse lado, tu vai encontrar muito assunto p/falar c/os amigos no meu BLOG). É o Surpresa Solta - http://surpresasolta.blogspot.com/

Fica fria q eu ão vou pedir parceria. Já deve ter fila. E já q tu gosta do Mário Quintana, te recomendo o Jayme Caetano Braun. Tem oa do "Tio Anastácio" e a mais conhecida(devo admitir q tbn é a q mais gosto), "Bochincho".

Bom, não estou dando em cima d ti. E aguardo a resposta sobre o LOST. Ok?

ABRASSON!!!
Morosini disse…
muito bonhito blog.

um abraco do veracruz, mexico...
Anônimo disse…
Você náo consegue dizer que ama com suas próprias palavras? aliás, você não tem o que dizer com suas próprias palavras?

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Sex and the city . Nunca vi - nunca mesmo - e não gostei. Acho deprimente o bando de mulheres na faixa dos trinta (vejam bem: não estou falando de adolescentes!) que acreditam que Nova York é aqui, que se sentem modernetes porque lêem Nova (audácia!), que fazem tratados sobre o significado oculto do comportamento masculino e que - esta é a cereja do bolo - anunciam numa mesa de bar: "nossa, eu sou muito a Carrie" ou qualquer uma das personagens caricatas do seriado. É só um programinha de TV, meninas. De outro país, outra cultura, sobre mulheres que têm roupas e depressões fashion-bacaninhas (não, não precisa ter assistido pra saber do que se trata). Pelo amor de Deus. E depois a gente é obrigada a escutar que falta "homem interessante" no mundo.
"Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total". Tem Lacan pra estudar, mas G. Rosa não tá deixando.
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