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Mostrando postagens com o rótulo Maiakovski
Comumente é assim Maiakovski . Cada um ao nascer traz sua dose de amor, mas os empregos, o dinheiro, tudo isso, nos resseca o solo do coração. Sobre o coração levamos o corpo, sobre o corpo a camisa, mas isto é pouco. alguém imbecilmente inventou os punhos e sobre os peitos fez correr o amido de engomar. Quando velhos se arrependem. A mulher se pinta. O homem faz ginástica pelo sistema Muller. Mas é tarde. A pele enche-se de rugas. O amor floresce, floresce, e depois desfolha.
Dedução Maiakovski . Não acabarão nunca com o amor, nem as rusgas, nem a distância. Está provado, pensado, verificado. Aqui levanto solene minha estrofe de mil dedos e faço o juramento: Amo firme, fiel e verdadeiramente.
Pré-carnaval de angústia e alívio. Maiakovski Na primeira noite Eles se aproximam E colhem uma flor Do nosso jardim E não dizemos nada. Na segunda noite Já não se escondem: Pisam as flores, Matam nosso cão E não dizemos nada. Até que um dia O mais frágil deles Entra sozinho em nossa casa, Rouba-nos a lua e, Conhecendo nosso medo, Arranca-nos a voz da garganta E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.
Maiakovski Lábios cerrados, nem um grito soltará minha boca mordida até sangrar. Amarra-me a um cometa, como à cauda de um cavalo e chicoteia! Que meu corpo se estraçalhe nos dentes das estrelas.
Maiakovski Brilhar pra sempre Brilhar como um farol Brilhar com brilho eterno Gente é pra brilhar Que tudo o mais vá pro inferno Esse é o meu slogan E o do sol
Maiakovski Nos demais, todo mundo sabe, o coração tem moradia certa, fica bem aqui no meio do peito, mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração.
Dedução Maiakovski Não acabarão nunca com o amor, nem as rusgas, nem a distância. Está provado, pensado, verificado. Aqui levanto solene minha estrofe de mil dedos e faço o juramento: Amo firme, fiel e verdadeiramente.
O que aconteceu Maiakovski Mais do que é permitido, mais do que é preciso, como um delírio de poeta sobrecarregando o sonho: a pelota do coração tornou-se enorme, enorme o amor, enorme o ódio. Sob o fardo, as pernas vão vacilantes. Tu o sabes, sou bem fornido, entretanto me arrasto, apêndice do coração, vergando as espáduas gigantes. Encho-me dum leite de versos e, sem poder transbordar, encho-me mais e mais.
Para o Fer levar com ele: Maiakovski Aparelhei o barco da ilusão E reforcei a fé de marinheiro. Era longe o meu sonho, e traiçoeiro O mar... (Só nos é concedida Esta vida Que temos; E é nela que é preciso Procurar O velho paraíso Que perdemos). Prestes, larguei a vela E disse adeus ao cais, à paz tolhida. Desmedida, A revolta imensidão Transforma dia a dia a embarcação Numa errante e alada sepultura... Mas corto as ondas sem desanimar. Em qualquer aventura O que importa é partir, não é chegar.