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Pré-carnaval de angústia e alívio.


Maiakovski

Na primeira noite
Eles se aproximam
E colhem uma flor
Do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite
Já não se escondem:
Pisam as flores,
Matam nosso cão
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a lua e,
Conhecendo nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.

Comentários

Anônimo disse…
Este lindo poema, indevidamente atribuído ao grande Maiakovski, é de autoria do poeta carioca Eduardo Alves Costa, como pode ser confirmado em http://pt.wikiquote.org/wiki/Eduardo_Alves_da_Costa.
Anônimo disse…
Após tanto tempo, a autoria continua errada. O verdadeiro autor merece respeito, não acha não? Seria legal consertar isso!

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