Pular para o conteúdo principal
Adoro tudo aí: o texto, o autor e, principalmente, as lembranças:
.
.
(...) É muito difícil dizer, mas de uns anos pra cá sei que só funciono quando bebo; sem beber é melhor ficar sozinho. Só bêbado consigo dizer a quem amo que amo, e sei que amo mais mesmo depois de beber; não que não ame antes, mas estrago tudo sóbrio... À tarde ela me ligou e insistiu, eu não quis, e não queria mesmo, era muito esforço.

A verdade é que ele ama tanto que não dá conta; bêbado dá e diz, e faz.

Bêbado abro os braços e digo que amo; na maioria das vezes nem sabem que estou bêbado e as coisas funcionam, a vantagem, poucas pessoas sabem quando já bebi. Noutro dia estava com ela tomando meio copo, daqueles de requeijão, pinga branca e Joanna pensou que era água, andava tudo certo. Sei que pensou que era água porque senão teria me xingado bem antes de sentir o meu hálito quando foi me dar um beijo. Tinha ido à adega dela sem ela ver (...).
.
Mario H. Teixeira
(que bom que você anda por aqui).

Comentários

Anônimo disse…
me dá uma caloi cruiser light cinco marchas pra ver se eu não cabrito ainda...
Gravata disse…
Vai parecer viadagem, mas eu também gosto do autor. Do texto, confesso, gosto mais ou menos.

Mas o autor é um cara legal pra caralho!

Postagens mais visitadas deste blog

Sex and the city . Nunca vi - nunca mesmo - e não gostei. Acho deprimente o bando de mulheres na faixa dos trinta (vejam bem: não estou falando de adolescentes!) que acreditam que Nova York é aqui, que se sentem modernetes porque lêem Nova (audácia!), que fazem tratados sobre o significado oculto do comportamento masculino e que - esta é a cereja do bolo - anunciam numa mesa de bar: "nossa, eu sou muito a Carrie" ou qualquer uma das personagens caricatas do seriado. É só um programinha de TV, meninas. De outro país, outra cultura, sobre mulheres que têm roupas e depressões fashion-bacaninhas (não, não precisa ter assistido pra saber do que se trata). Pelo amor de Deus. E depois a gente é obrigada a escutar que falta "homem interessante" no mundo.
"Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total". Tem Lacan pra estudar, mas G. Rosa não tá deixando.
Ganhei um presentão . Nenhuma data especial. Presente de amigo, mesmo. Muitos corações, Nando. Que bom que eu conheci você. E q ue bom que as coisas andam tão certas nesta vida tão doida.