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Fer, eu e o Tom estamos mandando um beijo. Ele diz que o amor dele é novo, mas é muito verdadeiro.

Ao amor antigo
Carlos Drummond de Andrade

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Comentários

Bruno L. disse…
Admiro o relacionamento de vocês e principalmente a forma como você se refere e trata o Ferdi, sempre cheia de cuidado e carinho. Beijo, Drica.
Bruno.
Fernando disse…
Dri, eu e Tom recebemos o poema com alegria e comentamos sobre ele em nossa caminhada noturna.

Te amo!
(Ele também!)
Anônimo disse…
O amor antigo, é antigo.

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