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De amor
Maria Teresa Horta

Falar da paixão
mais do que o sangue

Mais do que o fogo
trazido ao coração

Mais do que a rosa acesa
só por dentro
revolvendo no peito
a ponta de um arpão

Falar de febre sem fé
do animal feroz

Dos líquens abertos
e dos lírios

Falar desassosego sem razão
uma raiva que silva
no delírio

quanto dói a dor
no peito
Quanto é contraditória
esta prisão
que me faz ficar livre no que sinto
e logo envenenada à tua mão

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Sex and the city . Nunca vi - nunca mesmo - e não gostei. Acho deprimente o bando de mulheres na faixa dos trinta (vejam bem: não estou falando de adolescentes!) que acreditam que Nova York é aqui, que se sentem modernetes porque lêem Nova (audácia!), que fazem tratados sobre o significado oculto do comportamento masculino e que - esta é a cereja do bolo - anunciam numa mesa de bar: "nossa, eu sou muito a Carrie" ou qualquer uma das personagens caricatas do seriado. É só um programinha de TV, meninas. De outro país, outra cultura, sobre mulheres que têm roupas e depressões fashion-bacaninhas (não, não precisa ter assistido pra saber do que se trata). Pelo amor de Deus. E depois a gente é obrigada a escutar que falta "homem interessante" no mundo.
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