Roxo
Guimarães Rosa
Deixa que o levem, agora,
que a mulher cristã da sala
já quer ir embora...
Ela desceu dos teus olhos de choro,
magnética e profunda, como um rastro
de ametistas mortas...
Passou pelas olheiras fundas,
pousou nos ramalhetes de saudades,
tocou nas fitas das coroas, longas
como equimoses...
E agora, vê: vai passeando,
de leve, pelos lábios, pelo rosto,
pelo corpo,
pelos dedos, duros do teu esposo morto...
Ela quer ir embora...
Deixa que o levem, agora...
Guimarães Rosa
Deixa que o levem, agora,
que a mulher cristã da sala
já quer ir embora...
Ela desceu dos teus olhos de choro,
magnética e profunda, como um rastro
de ametistas mortas...
Passou pelas olheiras fundas,
pousou nos ramalhetes de saudades,
tocou nas fitas das coroas, longas
como equimoses...
E agora, vê: vai passeando,
de leve, pelos lábios, pelo rosto,
pelo corpo,
pelos dedos, duros do teu esposo morto...
Ela quer ir embora...
Deixa que o levem, agora...
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"Ela que ir embora..
Deixem que o levem, agora.."