Quando chegar
Ana Cristina César
Quando morrer
Anjos meus,
Fazei-me desaparecer, sumir, evaporar
Desta terra louca.
Permiti que eu seja mais um desaparecido
Da lista de mortos de algum campo de batalha
Para que eu não fique exposto
Em algum necrotério branco
Para que não jaza num caixão frio
Coberto de flores mortas
Para que eu não sinta mais os afagos
Desta gente tão longe
Para que não ouça nenhum reboando eternos
Os ecos dos teus soluços
O lixo desta memória
Para que apaguem-se bruscos
As marcas do meu sofrer
Para que a morte só seja
Um descanso calmo e doce
Um calmo e doce descanso.
Ana Cristina César
Quando morrer
Anjos meus,
Fazei-me desaparecer, sumir, evaporar
Desta terra louca.
Permiti que eu seja mais um desaparecido
Da lista de mortos de algum campo de batalha
Para que eu não fique exposto
Em algum necrotério branco
Para que não jaza num caixão frio
Coberto de flores mortas
Para que eu não sinta mais os afagos
Desta gente tão longe
Para que não ouça nenhum reboando eternos
Os ecos dos teus soluços
O lixo desta memória
Para que apaguem-se bruscos
As marcas do meu sofrer
Para que a morte só seja
Um descanso calmo e doce
Um calmo e doce descanso.
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