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Círculo vicioso
Machado de Assis

Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- “Quem me dera que eu fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela !”
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

- “Pudesse eu copiar-te o transparente lume,
Que, da grega coluna à gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela...”
Mas a lua, fitando o sol com azedume:

- “Mísera ! Tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imortal que toda luz resume !“
Mas o sol, inclinando a rútila capela:

- “Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume ?”

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Sex and the city . Nunca vi - nunca mesmo - e não gostei. Acho deprimente o bando de mulheres na faixa dos trinta (vejam bem: não estou falando de adolescentes!) que acreditam que Nova York é aqui, que se sentem modernetes porque lêem Nova (audácia!), que fazem tratados sobre o significado oculto do comportamento masculino e que - esta é a cereja do bolo - anunciam numa mesa de bar: "nossa, eu sou muito a Carrie" ou qualquer uma das personagens caricatas do seriado. É só um programinha de TV, meninas. De outro país, outra cultura, sobre mulheres que têm roupas e depressões fashion-bacaninhas (não, não precisa ter assistido pra saber do que se trata). Pelo amor de Deus. E depois a gente é obrigada a escutar que falta "homem interessante" no mundo.
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