Pular para o conteúdo principal
Do blog Casa da Chris, que é sempre cheio de coisas deliciosas, hoje veio um texto delicioso.

Vontade não tem hora, nem lugar adequado, nem dia certo para aparecer. Hoje acordei com vontade de comer pudim. Daqueles instantâneos, que vêm na caixinha com instruções que levam dois minutos para ser seguidas. Jogue o pó numa panela bonita, acrescente um copo de leite, misture com uma colher de pau até virar mingau. Bom seria que a vontade passasse durante os dois minutos de preparo, assim que o perfume de baunilha alcança o nariz. Logo que a mão começa a movimentar a colher mais devagar, por conta da mistura que engrossa e vira mingau. Já vou avisando que não passa assim, em dois minutos. É preciso despejar o creme espesso e perfumado artificialmente em copinhos, e sem deixar escorrer nas beiradas - porque fica feio aquela gotinha ressecada na borda do copo. Depois tem de levar para gelar. Esperar o mingau virar pudim e, só então, romper com a colher mais bonita do faqueiro a capinha que se forma antes de alcançar o creme, agora gelado, pudim de fato. Hoje acordei com vontade de comer pudim por pura saudade de mim mesma. Da minha parte que prepara pudins com ou sem caixinha por perto. Se tiver amido de milho, leite e extrato natural de baunilha, melhor ainda. Saudade dos dias de acordar com vontade de fazer flores de açúcar para colocar sobre os bolinhos. De sonhar com receitas inventadas que eu nem sei que gosto têm. Do meu lado que se arrepende de não fazer bolinhos todos os dias. Amanhã vou fazer pudim sem caixinha mesmo. E depois de amanhã, as flores de açúcar não escapam. Porque não dá para ficar fugindo o tempo todo das próprias vontades.

Comentários

Fernando disse…
Eu te faço um pudim lindo, grande e só seu, que é pra comemorar a sua volta.

Casa da gente tem que ser casa da gente mesmo. Não pode ser só uma idéia.

Você faz muita falta.

Postagens mais visitadas deste blog

Sex and the city . Nunca vi - nunca mesmo - e não gostei. Acho deprimente o bando de mulheres na faixa dos trinta (vejam bem: não estou falando de adolescentes!) que acreditam que Nova York é aqui, que se sentem modernetes porque lêem Nova (audácia!), que fazem tratados sobre o significado oculto do comportamento masculino e que - esta é a cereja do bolo - anunciam numa mesa de bar: "nossa, eu sou muito a Carrie" ou qualquer uma das personagens caricatas do seriado. É só um programinha de TV, meninas. De outro país, outra cultura, sobre mulheres que têm roupas e depressões fashion-bacaninhas (não, não precisa ter assistido pra saber do que se trata). Pelo amor de Deus. E depois a gente é obrigada a escutar que falta "homem interessante" no mundo.
Ganhei um presentão . Nenhuma data especial. Presente de amigo, mesmo. Muitos corações, Nando. Que bom que eu conheci você. E q ue bom que as coisas andam tão certas nesta vida tão doida.