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Mostrando postagens de outubro, 2011
Você quer voz ou ritmo? Elas têm os dois de sobra.
Love .
Houve vazamento de óleo em praias da Nova Zelândia e pinguins quase morreram de frio. Aí tricoteiras fizeram casaquinhos pra eles usarem até o óleo ser retirado do corpo de cada um. E o mais lindo é que é verdade!
O passado é agorinha Ana Guadalupe a solução para os desastres do presente é falar do agora com o distanciamento de uma década dias de tardes longas ou infinitas semanas recortar o agora e mandá-lo em carta histórica para outro continente enquanto se descobre este cria-se um tempinho para que o conheça com calma aplicar um filtro de antiguidade no agora empregar tecnologia, tempo verbal e a colaboração de todos grato, ass: o síndico ótimo álibi para tudo dizer sem problema: “ontem gostei muito deste livro sobre o sucesso na vida noturna” “pensei em você durante horas, já passou caso não queira” “do contrário confesso que tudo continua” qualquer besteira será automaticamente redimida já faz tempo, tudo muda, você pode ser nova pessoa o que falei há pouco já está na quinzena passada há uma linha era ok ser idiota
Poema perto do fim A morte é indolor. O que dói nela é o nada que a vida faz do amor. Sopro a flauta encantada e não dá nenhum som. Levo uma pena leve de não ter sido bom. E no coração, neve. Thiago de Mello
Trapézio Ana Martins Marques Uma vez vendo um número de circo apenas razoável à noite numa praça do interior (tédio e susto, alcoóis fortes, lua baça) foi que eu me dei conta de que nunca houve um trapezista que não estivesse apaixonado. Todos os poemas são de amor.
Em branco Ana Martins Marques Dizem que Cézanne quando certa vez pintou um quadro deixando inacabada parte de uma maçã pintou apenas a parte da maçã que compreendia. É por isso meu amor que eu dedico a você este poema em branco.
Da amabilidade do mundo 1 Numa noite fria, nessa terra crua Cada qual nasceu, uma criança nua. E ali ficou, criatura sem dono Quando uma mulher o envolveu num pano. 2 Ninguém o chamou, não era necessário. Para trazê-lo não houve emissário. Era um desconhecido, ser sem proteção Quando um homem o tomou pela mão. 3 Numa noite fria, nessa terra crua Cada qual leva a morte que é sua. Cada homem certamente amou a vida Coberto por palmos de terra batida. Bertolt Brecht