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Mostrando postagens de maio, 2011
Leonard Cohen Ainda que isto pareça um poema prefiro avisá-los desde o início de que não tinha que o ser. Não quero converter tudo em poesia. Sei tudo sobre o seu papel neste assunto mas isso não me interessa agora. Isto é entre tu e eu. Pessoalmente estou-me a marimbar para quem seduziu quem: De facto pergunto-me se isso me interessa. Mas um homem tem de dizer alguma coisa. A verdade é que lhe deste 5 cervejas MacKewan, a levaste para o teu quarto, puseste os discos adequados, e numa hora ou duas estava feito. Sei tudo sobre a paixão e a honra mas infelizmente isso nada tinha a ver convosco: Oh! Tenho a certeza que houve paixão e mesmo um pouco de honra mas o importante era pôr os cornos a Leonard Cohen. Com os diabos, mais valia dizer-vos: Não tenho tempo para escrever mais nada. Tenho de dizer as minhas orações. Tenho de esperar à janela. Repito: o importante era pôr os cornos a Leonard Cohen. Gosto desta linha porque nela está o meu nome. O que na verdade
Something in the way she moves attracts me like no other lover. Something in the way she woos me. I don't want to leave her now, you know I believe and how. Somewhere in her smile she knows that I don't need no other lover. Something in her style that shows me. I don't want to leave her now, you know I believe and how. You're asking me will my love grow: I don't know, I don't know. You stick around now it may show: I don't know, I don't know. Something in the way she knows and all I have to do is think of her. Something in the things she shows me. I don't want to leave her now, you know I believe and how.  
Tenho saudades de uma dama como jamais houve na cama outra igual, e mais terna amante. Não era sequer provocante. Provocada, como reagia! São palavras só: quente, fria. No banheiro nos enroscávamos. Eram flamas no preto favo, um guaiar, um matar-morrer. Tenho saudades de uma dama que me passeava na medula e atomizava os pés da cama. Carlos Drummond de Andrade
O meu acalanto Ferreira Gullar Por que motivo Verter o pranto? O canto existe. Por que motivo Lembrar a dor? A flor existe. Por que motivo Pensar na morte? (A morte é triste!)
(...) O quereres e o estares sempre a fim Do que em ti é em mim tão desigual Faz-me querer-te bem, querer-te mal Bem a ti, mal ao quereres assim Infinitivamente impessoal E eu querendo querer-te sem ter fim E, querendo-te, aprender o total Do querer que há, e do que não há em mim. (Ah, bruta flor do querer).
É. O Mineiro 2011 acabou.
Podia ser só a imagem - capa de um disco do Supertramp -, já era suficiente pra eu amar. Mas vai abaixo a descrição do Cadu, que me faz amar ainda mais. Sobre a imagem, minha interpretação - e o motivo d'eu gostar dela - é a seguinte. Em 1975 a Inglaterra estava indo pra merda: vinha da crise do petróleo em 1973 e dum crash da bolsa de valores em 1974, estava com inflação alta (27%, o povo tá enlouquecendo no Brasil agora porque a nossa está em 6%), estagnação econômica ("estagflação"), desemprego, a indústria indo pro buraco (e produzindo tudo de má qualidade), greves todo dia, a guerra na Irlanda, o diabo. Em 1976 o governo britânico pediu arrego e foi ao FMI pra libra não estourar (como o real estourou com FHC em 99 e 2002, não nos esqueçamos). A Grã-Bretanha tinha quebrado. Eu chamo esse cara da foto de o homem evoluído. Esse magrelo. Em volta dele tá tudo uma merda, eu penso naquelas cidades industriais antigas da Inglaterra (Birmingham, Manchester), po
  Sweet escape Gwen Stefani If I could escape  I would, but first of all let me say I must apologize for acting stank and treating you this way Cause I've been acting like sour milk all on the floor It's your fault you didn't shut the refrigerator   Maybe that's the reason I've been acting so cold If I could escape a nd re-create a place as my own world  And I could be your favorite girl f orever, perfectly together And tell me boy, now wouldn't that be sweet?  If I could be sweet,  I know I've been a real bad girl I didn't mean for you to get hurt   'soever, We can make it better   And tell me boy, now wouldn't that be sweet? You held me down,  I'm at my lowest boiling point Come help me out,  I need to get me out of this joint Come on, let's bounce, c ounting on you to turn me around Instead of clowning around let's look for some common ground So baby, times get a little crazy,  I've been getting a lit
Se a chuva parasse continuarias a não estar aqui pelo que prefiro que a chuva prossiga como sulfúreo castigo; se te olho através da vidraça é porque penso ser um dia o namorado fantasma a espreitar-te do pára-brisas estilhado como de insistente postigo. Daniel Jonas, Os Fantasmas Inquilinos
Conjugação da ausente Vinícius de Moraes Foram precisos mais dez anos e oito quilos Muitas cãs e um princípio de abdômen (Sem falar na Segunda Grande Guerra, na descoberta da penicilina e na desagregação do átomo) Foram precisos dois filhos e sete casas (Em lugares como São Paulo, Londres, Cascais, Ipanema e Hollywood) Foram precisos três livros de poesia e uma operação de apendicite Algumas prevaricações e um exequatur Fora preciso a aquisição de uma consciência política E de incontáveis garrafas; fora preciso um desastre de avião Foram precisas separações, tantas separações Uma separação... Tua graça caminha pela casa Moves-te blindada em abstrações, como um T. Trazes A cabeça enterrada nos ombros qual escura Rosa sem haste. És tão profundamente Que irrelevas as coisas, mesmo do pensamento. A cadeira é cadeira e o quadro é quadro Porque te participam. Fora, o jardim Modesto como tu, murcha em antúrios A tua ausência. As folhas te outonam, a grama te Quer. És vegetal, amiga... Amiga!