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Mostrando postagens de setembro, 2008
Inocentes do Leblon Carlos Drummond de Andrade Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe imigrantes? trouxe um grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem.
vazio agudo ando meio cheio de tudo Paulo Leminski. . Esta é pro Mario, que gosta de Leminski tanto quanto eu (vem logo pro Messenger!).
"Ela compreendeu até, o que não está muito longe do sublime, que a mulher só existe de verdade sob a condição de existir sem pão, sem pouso, sem amigos, sem marido e sem filhos. É só assim que ela pode forçar seu senhor a descer". . Jacques Lacan.
A consequência de eu ter ficado viciada no blog do Saramago: agora os leitores deste blog vão ter que gostar muito dele também. . A prova do algodão José Saramago . Segundo a Carta do Direitos Humanos, no seu artigo 12º.: “Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida, na sua família ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação”. E mais: “Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a protecção da lei”. Assim está escrito. O papel exibe, entre outras, a assinatura do representante dos Estados Unidos, a qual assumiria, por via de consequência, o compromisso dos Estados Unidos no que toca ao cumprimento efectivo das disposições contidas na mesma Carta, porém, para vergonha sua e nossa, essas disposições nada valem, sobretudo quando a mesma lei que deveria proteger, não só não o faz, como homologa com a sua autoridade as maiores arbitrariedades, incluindo aquelas que o dito artigo 12º. enumera para condenar. Para os Estados Unidos qualquer pessoa,
Eu odeio maconha pessoalmente. Digo: assim como odeio pepino. Caetano Veloso, em seu blog "Obra em Progresso".
Da impotência à impossibilidade. No livro, é lindo. Quando é com a gente é que é foda. Eita, Lacan. . . ... de volta à análise, como vocês podem perceber.
Ele tem um blog . Não tem como não amar. . Biografias José Saramago. . Creio que todas as palavras que vamos pronunciando, todos os movimentos e gestos, concluídos ou somente esboçados, que vamos fazendo, cada um deles e todos juntos, podem ser entendidos como peças soltas de uma autobiografia não intencional que, embora involuntária, ou por isso mesmo, não seria menos sincera e veraz que o mais minucioso dos relatos de uma vida passada à escrita e ao papel. Esta convicção de que tudo quanto dizemos e fazemos ao longo do tempo, mesmo parecendo desprovido de significado e importância, é, e não pode impedir-se de o ser, expressão biográfica, levou-me a sugerir um dia, com mais seriedade do que à primeira vista possa parecer, que todos os seres humanos deveriam deixar relatadas por escrito as suas vidas, e que esses milhares de milhões de volumes, quando começassem a não caber na Terra, seriam levados para a Lua. Isto significaria que a grande, a enorme, a gigantesca, a desmesurada, a ime
Dialética Vinícius de Moraes É claro que a vida é bela E a alegria, a única indizível emoção É claro que te acho linda Em ti bendigo o amor das coisas simples É claro que te amo E que tenho tudo pra ser feliz Mas acontece que eu sou triste...
Tudo que move é sagrado e remove as montanhas com todo cuidado, meu amor. "Amor de índio", Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Sim, eu ando musical.
"Eu tô perdido, sem pai nem mãe, bem na porta da tua casa Eu tô pedindo a tua mão e um pouquinho do braço. Migalhas dormidas do teu pão, raspas e restos me interessam, Pequenas porções de ilusão, Mentiras sinceras me interessam" Cazuza, "Maior Abandonado". Escutei de verdade essa música hoje.
Da série: "Você também já chorou com esta". . Você diz não saber o que houve de errado, e meu erro foi crer que estar ao seu lado bastaria Ah, meu Deus, era tudo que eu queria Eu dizia ao seu nome: não me abandone jamais. "Meu erro", Paralamas do Sucesso.
A letra era do Tom Jobim, que pediu ajuda pro Chico Buarque, que fez acréscimos à letra original. Mas o João Gilberto resolveu gravar a versão inicial, e é por isso que a música tem duas versões. Na verdade, três, porque o finalzinho tem a versão oficial, gravada pelo Chico Buarque, e a versão que o Tom canta. O certo é: "Lígia" é uma das minhas músicas preferidas da vida, quem me conhece sabe disso. João Gilberto tocou a versão dele (minha preferida) no show que fez em Salvador na última sexta-feira. Eu estava lá - e chorei ridiculamente. . A versão preferida do João Gilberto: Eu nunca sonhei com você, nunca fui ao cinema, não gosto de samba, não vou a Ipanema, não gosto de chuva nem gosto de sol. Eu nunca lhe telefonei, para que se eu sabia, eu jamais tentei e jamais ousaria as bobagens de amor que outro vai te dizer. Sair com você de mãos dadas na tarde serena, um chope gelado num bar de Ipanema, andar pela praia até o Leblon. Eu nunca me apaixonei, eu jamais poderia casar
Conclusões de Aninha Cora Coralina Estavam ali parados. Marido e mulher. Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça tímida, humilde, sofrida. Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho, e tudo que tinha dentro. Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar novo rancho e comprar suas pobrezinhas. O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, entregou sem palavra. A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou, se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar E não abriu a bolsa. Qual dos dois ajudou mais? Donde se infere que o homem ajuda sem participar e a mulher participa sem ajudar. Da mesma forma aquela sentença: "A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar." Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada, o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso e ensinar a paciência do pescador. Você faria isso, Leitor? Antes que tudo isso se fizesse o desvalido não morreria de fome? Conclusão: Na prática, a teor
Debussy Manuel Bandeira Para cá, para lá . . . Para cá, para lá . . . Um novelozinho de linha . . . Para cá, para lá . . . Para cá, para lá . . . Oscila no ar pela mão de uma criança (Vem e vai . . .) Que delicadamente e quase a adormecer o balança — Psio . . . —Para cá, para lá . . . Para cá e . . . — O novelozinho caiu.