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Mostrando postagens de junho, 2010
Um monte de coisa aqui dentro. E um amor à primeira lida pela Ana Martins Marques. O brinco Ana Martins Marques Pode ser que como as estrelas as coisas estejam separadas por pequenos intervalos de tempo pode ser que as nossas mãos de um dia para o outro deixem de caber umas dentro das outras pode ser que no caminho para o cinema eu perca uma de minhas ideias preferidas e pode ser que já na volta eu me tenha resignado alegremente a essa perda pode ser que o meu reflexo sujo no vidro da lanchonete seja uma imagem de mim mais exata do que esta fotografia mais exata do que a lembrança que tem de mim uma antiga colega de colégio mais exata do que a ideia que eu mesma agora tenho de mim e portanto pode ser que a moça cansada de olhos tristes que trabalha na lanchonete tenha de mim uma imagem mais fiel do que qualquer outra pessoa pode ser que um gesto Qum jeito de dobrar os lábios te devolva subitamente toda a inf
Jô Hallack, 02 Neurônio. Já dei tudo. Espaço no coração, no armário, na sapateira. Casa, comida , roupa lavada e ambiente 5 estrelas. E o mais importante: meu amor, sempre desenfreado. Já te dei lágrimas de sangue, te dediquei meus olhos revirados, declarações histéricas, tudo nessa vida. Agora, nada mais. Nem um simples espaço no meu HD. Os ex merecem caixas em cima do armário, com as cartas amarradas com um laço, com fotos que vão amarelando, nem isso você terá. Nem um pouco de espaço de uploads. É o que eu penso, enquanto apago suas fotos na internet.
Gargalhada Guimarães Rosa Quando me disseste que não mais me amavas, e que ias partir, dura, precisa, bela e inabalável, com a impassibilidade de um executor, dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias... Mas olhei-te bem nos olhos, belos como o veludo das lagartas verdes, e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos, tive pena de ti, de mim, de todos, e me ri da inutilidade das torturas predestinadas, guardadas para nós, desde a treva das épocas, quando a inexperiência dos Deuses ainda não criara o mundo...
Outro dela. Porque é irresistível. Traíra Tati Bernardi Venha, não tenha medo. É só o mar. Não, eu não sei nadar. Eu te ajudo, vem. Confia, vem. Estica a perna assim, abre o braço assim. Respira assim. Vem. Mas eu não sei. Mas eu tô aqui. Olhe meus olhos tão arregalados, como posso guardar mentira aqui? Eu posso cantar pra você, eu posso te segurar, eu posso ficar aqui até você conseguir. Eu não sei. Tá perto. Vai. Solta da borda. Eu sei, você já foi parar no fundo. Mas agora é diferente. Tá mais raso. E eu tô aqui. Eu vim do outro lado do oceano. Eu vim só por sua causa. Vem, larga da borda. Pode vir. Eu vi você como você é e é por isso que estou aqui. Confia. Não sei. Pode vir. Não tem mais ninguém. A borda é para os peixes pequenos. Solta, isso, relaxa a cabeça no meu peito. Não tem fundo mas eu te ajudo a flutuar. Você pode. Calma. Afoga um pouco no começo, cansa, desespera. Mas você quer como eu quero? Quero. Então eu te ajudo. Vem. Isso. Segura em mim. Paz. Azul. Agora, você está
O único lugar pra sempre Tati Bernardi (...) Me peguei uma hora, olhando você andar, tão feinho, seu ombro encolheu um pouco, cada dia que passa mais e mais é uma concha o que você se torna. Dessas que é mentira a pérola e o som do mar, mas eu os vejo, o tempo todo. Você andando desse seu jeito meio de louco, que chacoalha a cabeça. E se veste mal quando pouco se importa, eu sei, eu entendi. E a manga suja de café. A roupa bege da cor de tudo que é você. Você é tão errado e cheio de estragos. E me peguei olhando pra tudo isso e amando tanto, tanto, tanto. Como se nada mais no mundo fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento. O resto nem existe porque vemos ou explicamos. Na sua varanda sem céu, certa vez, você se sentou naquela cadeira sem fundo. Me colocou no seu colo e me deu o abraço que disparava corações em mim como se eu tivesse um em cada nó de veia. E me disse, com sua voz tão bonita, a mais bonita que eu já ouvi, que eu tinha
Acabei de ler que o José Saramago morreu. E parece que morreu um avô, uma pessoa velhinha e querida, de quem a gente recebe a notícia da morte com certa serenidade, mas já com uma dorzinha de saudade. Fez parte da minha vida, o Saramago.
Pra Andréa, que mandou pra mim. E pras meninas que lêem este blog. Porque ser mulher é difícil desde sempre. Catarina e o amor das " Motherns " Juliana Sampaio e Laura Guimarães Esta é uma história real. Catarina é filha de uma amiga nossa e tinha 4 ou 5 anos quando se apaixonou pela primeira vez. O escolhido foi um coleguinha do clube, e ela passou a querer se vestir melhor para as aulas de natação, desfilando todo o seu charme quando o garotinho, três anos mais velho, estava por perto. Um dia, Catarina quis levar para seu eleito um presente, e escolheu aquilo que para ela era a prova inegável de amor: um Danoninho. Saiu sorridente, levando nas mãos a apetitosa declaração para o amado. O menino, ainda pouco ciente das sutilezas da sedução e pensando mais com o estômago do que com o coração, recusou o presente sem meias palavras: “Não quero”. Desiludida e em prantos, Catarina voltou para perto da mãe com o veredicto sobre o ocorrido, que comunicou entre soluços: – Mamãe, ele
Mais sobre a minha mãe. Combinamos - eu, ela e minha irmã - uma viagem para o nordeste, todas as despesas pagas por ela. Recebo hoje o email: "CAROL e DRI, pensei que de forma espontânea vcs poderiam bolar alguma coisa bem bonita, que enaltecesse a minha pessoa e faríamos uma camiseta pra viagem. Mando sugestões, mas acho que isso deve partir de vocês. Afinal, pode parecer que tô querendo aparecer. Pode ser uma coisinha simples, como os modelos acima. Aguardo resposta. Bjs, mãe. (Ilustrando o email: uma camiseta azul bebê, com o desenho de Nossa Senhora). Pode ser azul turquesa escrito em preto: “Arraial D’ajuda 2010 com a mamãe”. Mas com a imagem junto. Não fica bom? Pode escrever também: "tô pagando!!!” em outra camisa, lógico, sem a santa, mais básica....".