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Mostrando postagens de 2010
Estou viciada nestes contadores de visitas do blog. Se a pessoa entra aqui, por exemplo, de Miami usando o computador de determinada empresa, eles avisam. Se viajou para São Paulo e entra usando um iPad, eles detectam também. É bom saber quem está aqui sempre. Tem os que nunca me viram e passam a gostar de mim pelo que eu posto. Tem os que me odeiam sem nunca ter me visto e entram pra tentar me conhecer (sempre mulheres, porque mulher é expert em não ver e não gostar de outra mulher, que coisa). E tem a grande maioria, que já gosta de mim e vem dizer "oi" e fazer companhia. Eu adoro a tecnologia. E adoro que haja vida por trás dela. Obrigada, contadores de visita! I love you!
Sérgio Antunes No ano que vem vou fazer um check-up, reformar os meus ternos, vou trocar os meus móveis, viajar no inverno, como convém. No ano que vem vou me fantasiar, desfilar na avenida, decorar samba enredo, vou mudar minha vida, como convém. No ano que vem faço vestibular, vou tocar clarineta, aprender dançar valsa, fox-trot ou salsa, como convém. E vou me converter no ano que vem, registrar a escritura, vou pagar a promessa e andar mais depressa. Como convém. No ano que vem vou tratar meus dentes, visitar uns parentes, vou limpar o porão, vou casar na igreja, como convém. No ano que vem vou soltar busca-pé, empinar papagaio, vou comer manga-espada e sentar na calçada, até. No ano que vem vou pagar minhas dívidas, apagar minhas dúvidas e trocar o meu carro e largar o cigarro. Como convém. No ano que vem vou fazer um regime, e vou mudar de time, viajar para a França e estudar esperanto. Como convém. Vou plantar uma rosa no ano que vem e escrever um romance e fazer exercício, desde
Ganhei da minha mãe. E ela ainda escreveu "é você!". Ok, mãe é mãe, mas eu nem ligo e tô me achando. E achando o máximo ter 30. E ter amigas de 30. Enfim... As mulheres de 30 Mário Prata O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz: 'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'. Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'. E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo en
Enleio Que é que vou dizer a você? Não estudei ainda o código de amor. Inventar, não posso. Falar, não sei. Balbuciar, não ouso. Fico de olhos baixos espiando, no chão, a formiga. Você sentada na cadeira de palhinha. Se ao menos você ficasse aí nessa posição perfeitamente imóvel, como está, uns quinze anos (só isso) então eu diria: Eu te amo. Por enquanto sou apenas o menino diante da mulher que não percebe nada. Será que você não entende, será que você é burra? Carlos Drummond de Andrade
De agora em diante eu quero mais do que entender: eu quero superentender, eu humildemente imploro que esse dom me seja dado. Eu quero entender o próprio entendimento. Eu quero atingir o mais íntimo segredo daquilo que existe. Clarice Lispector, Um Sopro de Vida.
Saber desistir. Abandonar ou não abandonar – esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça alguma coisa? como, digamos, o próprio fim do mundo? ou seja lá o que for, como a minha morte súbita, hipótese que tornaria supérflua a minha desistência? Eu não quero apostar corrida comigo mesmo. Um fato. Clarice Lispector, "Um sopro de vida".
Trilha sonora de sessões inesgotáveis de chorinho doído e bom. Assinado eu (Tiê) Já faz um tempo que eu queria te escrever um som. Passado o passado, acho que eu mesma esqueci o tom. Mas sinto que eu te devo sempre alguma explicação, parece inaceitável a minha decisão, eu sei. Da primeira vez, quem sugeriu, eu sei, eu sei, fui eu. Da segunda quem fingiu que não estava ali também fui eu. Mas em toda a história é nossa obrigação saber seguir em frente, seja lá qual direção, eu sei. Tanta afinidade assim eu sei que só pode ser bom. Mas se é contrário é ruim, pesado e eu não acho bom. Eu fico esperando o dia que você me aceite como amiga, ainda vou te convencer. Eu sei. E te peço, me perdoa, me desculpa que eu não fui sua namorada, pois fiquei atordoada, faltou o ar, faltou o ar. Me despeço dessa história e concluo: a gente segue a direção que o nosso próprio coração mandar, e foi pra lá, e foi pra lá. E te peço, me perdoa, me desculpa que eu não fui sua namorada, pois fiquei atordoada de
O bom de ter uma irmã como a minha é ela poder me traduzir melhor do que eu. The men of my life do blog da Carol I don't talk much about them here, but these are the two most important men in my life: my brother and my dad. Spending the years in their company has raised my standards and has taught me to expect nothing less than absolute kindness from any male figure I come into contact with. They've somehow managed to survive in a house with 3 very opinionated women and still love us to death – and that should speak volumes about them.
eu: "mulher não é bom. só eu!". ele: "mulher é bom. vamos combinar. você é apenas melhor". Ah, as mentiras doces que os homens contam...
Branquinha! Depois de dois anos é que confessou que gostava de Fafá de Belém. Pensou que eu não aguentaria. Você tem dessas. Acha que não será amada como se amou. Acha que pode resolver tudo sozinha. Já ouvi gritando num desentendimento: "Não tem problema, cuido de mim, tô acostumada". Se fico preocupado, diz que é uma forma de culpá-la. Não deseja incomodar. Odeia depender do amor de um homem, que é muito pior do que depender de um homem. Odeia me amar porque contrario tudo o que esperava da independência de um casal. Talvez se perceba abençoada por uma maldição. Eu me assusto sempre, você que não prevê. Susto de ternura. A ternura me excita. Adoro quando come e transforma todo alimento em molho dos outros. Adoro quando escolhe uma calça e põe a pilha delas no chão, para não esquecer qual usou. Adoro que chama seus melhores amigos de amado/amada e seus pacientes de flor. É uma floricultura ao telefone. Adoro quando me dá uma série de beijinhos pelo rosto, como se me banhasse
Manhã As estátuas sem mim não podem mover os braços Minhas antigas namoradas sem mim não podem amar seus maridos Muitos versos sem mim não poderão existir. É inútil deter as aparições da musa É difícil não amar a vida Mesmo explorado pelos outros homens É absurdo achar mais realidade na lei que nas estrelas Sou poeta irrevogavelmente. Murilo Mendes
Eu não sou defensora do amor a qualquer custo, do amor "eu amo por nós dois". Eu amo muito, mas amo só por mim. É bom me amarem de volta.
Saramago e Pilar. Pra Cris (a coisa mais estranha do mundo é ela não ter um blog).
Pensava nele quando a seda do vestido tocou-lhe as coxas eriçando-lhe os pêlos (asas a roçar o espírito tocha a incendiar a carne) Pensava nele quando a voz de Maria Callas alcançou a nota mais aguda - L'atra notte in fondo al mare - invocando Mefistofele (setas fálicas a zumbir junto aos ouvidos aromas de sândalo a embebedar os sentidos) De tanto nele pensar devorou a si própria luxoriosamente (espírito é só carne) Hilda Hilst
(...) a verdadeira londrina, quanto mais acesso tem à variedade de it bags da Harvey Nichols, mais vai adotar um modelo só e usá-lo à exaustão: porque é exatamente isso que torna sua bolsa valiosa e a diferencia de todas as outras: as histórias que ela conta com seu visual acabadinho. Não tenho nada contra ter uma coleção de bolsas incrível – toda mulher adora – mas é exatamente nessa tecla que quero bater: o que me chama atenção é que muitas mulheres parecem ter aberto mão de sua identidade pela quantidade.Não é muito mais legal ter peças que contam uma história? Do blog Petiscos .
O par que me parece Pesa dentro de mim o idioma que não fiz, aquela língua sem fim feita de ais e de aquis. Era uma língua bonita, música, mais que palavra, alguma coisa de hitita, praia do mar de Java. Um idioma perfeito, quase não tinha objeto. Pronomes do caso reto, nunca acabavam sujeitos. Tudo era seu múltiplo, verbo, triplo, prolixo. Gritos eram os únicos. O resto, ia pro lixo. Dois leões em cada pardo, dois saltos em cada pulo, eu que só via a metade, silêncio, está tudo duplo. Paulo Leminsk i
Homem x mulher
Teu corpo de terra e água Onde a quilha do meu barco Onde a relha do arado Abrem rotas e caminho. Teu ventre de seivas brancas Tuas rosas paralelas Tuas colunas teu centro Teu fogo de verde pinho Tua boca verdadeira Teu destino minha alma Tua balança de prata Teus olhos de mel e vinho Bem que o mundo não seria Se o nosso amor lhe faltasse Mas as manhãs que não temos São nossos lençóis de linho José Saramago
Ele nem passa por aqui, mas ainda assim: essa menina com frio aí da foto está te dizendo "obrigada". Por Paris e por tudo.
"Não vou seguir a vida enredando uma viuvez. Vivi antes com Saramago ao lado. Agora, com Saramago dentro". Pilar del Río - esposa, musa, companheira de José Saramago. Ela também conta que os muitos relógios de sua casa estão parados às 4 horas, horário em que conheceu Saramago. Foi ele quem os parou, a pedido dela, porque faziam muito barulho. E eu roubei e trouxe no bolso a folha da revista onde li isso, porque a vida tem muita poesia pra gente deixar por aí, sem cuidado.
Paris é pra mim. Fim.
O que se foi O que se foi se foi. Se algo ainda perdura é só a amarga marca na paisagem escura. Se o que se foi regressa, traz um erro fatal: falta-lhe simplesmente ser real. Portanto, o que se foi, se volta, é feito morte. Então por que me faz o coração bater tão forte? Ferreira Gullar
Rita Ritinha Ritona Dalton Trevisan Aos 13 anos, Ritinha floriu numa orgia de beleza. Toda graças e prendas. Foi um susto na família. Um espanto entre as amigas. Uma surpresa a cada desconhecido. À sua passagem, os cãezinhos a passeio presos na coleira davam duplos saltos-mortais de alegria. Nas janelas os vasinhos de violeta batiam palmas para lhe chamar a atenção. As pedras mudavam de lugar na calçada, cada uma disputando o afago do seu pezinho. Os semáforos se acendiam em onda verde, não atrasá-la caminho da escola. Um bando de garças voou lá do Passeio Público para vê-la. Desde menina dançou balé, estudou inglês, atirou-se do trampolim mais alto na piscina. Tinha seu próprio quarto, com tevê e computador. Cartazes de Paul McCartney e O beijo, de Klimt. Uma foto do selvagem Brando. Aos 15 anos, de um dia para outro, segundo susto, novo espanto, maior surpresa. No seu corpo aconteceu um milagre da natureza: ó delírio de curvas, doçuras e delícias! Ao vê-la da primeira vez, você logo
"É por isso que não me canso de dizer: qualquer amor que possa receber e dar, qualquer felicidade que possa receber ou fornecer, cada breve gesto gentil, qualquer coisa que funcione..." Boris, do filme "Whatever works", de Woody Allen. Postado pelo Gui . Mas é meu. Tá, Gui? Eu te empresto, mas é meu!!
Quando um amor acaba, não há muito o que dizer ou explicar. E as tentativas são inúteis. É triste discutir relações que não existem mais. Tão triste como um cão na chuva. O quanto se amou, as saudades, o que doeu e onde, quem é mais culpado..eu ou você? O seu nome na agenda do celular que não existe mais como também não existe mais um nós ou sua cara de sono pela manhã. O que sobrou, o que fica e insiste é a vida sempre pedindo uma nova chance, é todo o mundo que hoje existe porque você deixou de existir. Ou, melhor, continua existindo mas da sua maneira. A sua maneira longe de mim. Porque hoje já não falo mais de nós para os amigos que perguntam de você. Hoje, escolhi a vida e todo o resto do mundo. Porque hoje já não falo mais mesmo que você exista e sempre vai existir dentro de mim: um pedaço. Mas não um despedaçamento. Há um mundo porque hoje já não falo mais. Mari Clark . Sempre.
Obrigado por ter se mandado, ter me condenado a tanta liberdade. Pelas tardes - nunca foi tão tarde -, teus abraços, tuas ameaças. Obrigado por eu ter te amado com a fidelidade de um bicho amestrado. Pelas vezes que eu chorei sem vontade pra te impressionar, causar piedade. Pelos dias de cão muito obrigado, pela frase feita, por esculhambar meu coração antiquado e careta, me trair, me dar inspiração pra eu ganhar dinheiro. Obrigado por ter se mandado, ter me acordado pra realidade das pessoas que eu já nem lembrava, pareciam todas ter a tua cara. Obrigado por não ter voltado pra buscar as coisas que se acabaram e também por não ter dito obrigado, ter levado a ingratidão bem guardada. Cazuza, "Obrigado".
Conversa de mesa de bar. Literalmente.
Depoimento Miguel Torga De seguro, Posso apenas dizer que havia um muro E que foi contra ele que arremeti A vida inteira. Não. Nunca o contornei. Nunca tentei Ultrapassá-lo de qualquer maneira. A honra era lutar Sem esperança de vencer. E lutei ferozmente noite e dia, Apesar de saber Que quanto mais lutava mais perdia E mais funda sentia A dor de me perder.
Fica a vida, o coração que continua, um cão e o humor. Consolo na praia Carlos Drummond de Andrade Vamos, não chores A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizaram. Mas, e o humor?
Preparando a noiva. E curtindo a amiga . Amor, amor, amor.
Não se mate Carlos, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será. Inútil você resistir ou mesmo suicidar-se. Não se mate, oh não se mate, Reserve-se todo para as bodas que ninguém sabe quando virão, se é que virão. O amor, Carlos, você telúrico, a noite passou em você, e os recalques se sublimando, lá dentro um barulho inefável, rezas, vitrolas, santos que se persignam, anúncios do melhor sabão, barulho que ninguém sabe de quê, praquê. Entretanto você caminha melancólico e vertical. Você é a palmeira, você é o grito que ninguém ouviu no teatro e as luzes todas se apagam. O amor no escuro, não, no claro, é sempre triste, meu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá. Carlos Drummond de Andrade
Ana não se sentia esgotada, cansada, destruída nem nada do que lhe acometera nos ultimos meses. Depois de muito tempo, Ana sorria feito boba. Sorria sozinha. Porque sentia seu coração no lugar, sua cabeça no lugar e não demoraria muito pra sua vida entrar nos eixos. Ana e somente Ana conseguia entender o que se passava e sorria sozinha. Um riso leve, um sorriso solto, que não se pode segurar só pra si. Nem ela sabia que guardava tantos sorrisos. Era muito bom estar de volta. daqui , que tirou daqui .
Cuspo chicletes do ódio no esgoto exposto do Leblon Mas retribuo a piscadela do garoto de frete do Trianon Eu sei o que é bom. Fora da ordem, Caetano Veloso.
Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem. Millor Fernandes, direto do blog da Carol .
Nos últimos meses, quando parecia que eu não tinha mais lugar no mundo, eu chegava lá e ficava claro que meu lugar era aquele. Mariana Clark Durante muito tempo só falei de amor nesse blog. Deixei-o como às vezes fazemos com os amores. De alguma maneira, o que eu vivia não encontrava espaço por aqui e eu ficava feliz com os pedidos para retomá-lo mas de uma maneira que não sabia explicar, não sabia como. Não cabia. A escrita foi perdendo seu lugar para outras coisas, outros amores, que como ela, são também importantes. Até o dia em que acordei, fui ao banheiro escovar os dentes e vi dois bilhetinhos do meu irmão para minha mãe. Ele havia trabalhado até às 5 da manhã na noite anterior e precisava da mesma roupa limpa para daqui a algumas horas recomeçar tudo de novo. Vida dura de quem trabalha para os outros se divertirem. Sorri ao ver aqueles bilhetes, me deu uma sensação de pertencer a um lugar, à uma família e ao amor, finalmente. E tudo naquela letra feminina que ele tem (melhor que
De amor Chegaria tímido e olharia tua casa, A tua casa iluminada. Teria vindo por caminhos longos Atravessando noites e mais noites. Olharia de longe o teu jardim. Um ar fresco de quietação e repouso Acalmaria a minha febre E amansaria o meu coração aflito. Ninguém saberia do meu amor: Seria manso como as lágrimas, Como as lágrimas de despedida. Meu amor seria leve como as sombras. Tanto receio de te amar, tanto receio... A sombra do meu amor Poderia agitar teu sono, pertubar o teu sossego... Eu nem quero te amar, porque te amo demais. Augusto Frederico Schmidt
Defender a alegria como uma trincheira defendê-la do escândalo e da rotina da miséria e dos miseráveis das ausências transitórias e das definitivas defender a alegria por princípio defendê-la do pasmo e dos pesadelos assim dos neutrais e dos neutrões das infâmias doces e dos graves diagnósticos defender a alegria como bandeira defendê-la do raio e da melancolia dos ingénuos e também dos canalhas da retórica e das paragens cardíacas das endemias e das academias defender a alegria como um destino defendê-la do fogo e dos bombeiros dos suicidas e homicidas do descanso e do cansaço e da obrigação de estar alegre defender a alegria como uma certeza defendê-la do óxido e da ronha da famigerada patina do tempo do relento e do oportunismo ou dos proxenetas do riso defender a alegria como um direito defendê-la de deus e do Inverno das maiúsculas e da morte dos apelidos e dos lamentos do azar e também da alegria Mario Benedetti
Nunca ouviremos ninguém dizer que está decepcionado com o capitalismo. Porquê? Porque o capitalismo não promete nada. No entanto, como o socialismo é uma ideologia repleta de promessas também está cheia de decepções. José Saramago
Paris x NY.
Antes eu não sabia porque é que se deve - dia após dia – andar sempre em frente até como se diz o corpo aguentar. Agora sei. Se vieres comigo digo-te. José Agustin Goytisolo
Festa aqui em casa, mais de vinte pessoas. E ninguém morreu de fome, de sede, sem prato ou sem copo. Descubro que meu estilo "convidada" de ser anfitriã também dá certo.
Por lo tanto, los psicoanalistas no están completamente integrados al ordem social. Sólo tienen un pie adentro. Si tuviera que llevarse a cabo, que realizarse, la inserción social del psicoanálisis sería al mismo tiempo su desaparición. La prueba está en lo delicada que es la vía de hacer reconocer la utilidad social del psicoanálisis. Pues si los psicoanalistas hubieran de tomar este reconocimento en serio y no como un semblante, ello les obligaría a querer el bien. Leonardo Gorostiza
Estou numa relação maravilhosa comigo mesmo. Meu francês soltou-se, falo maravilhosamente e faço tudo com o maior desembaraço e sozinho. Alguma coisa em mim parece que laceou, eu era tão cheio de medos. Aprendi também a não contar muito com os outros: na medida do possível, faço tudo só. Dá mais certo. Caio Fernando Abreu (com exceção do francês, o resto é tudo verdade).
Comentário da minha irmã . Porque rir da gente mesmo é receita de família. Ana B. disse... “Falo do amor de forma mística, sei o preço. (…) Sou muito inteligente, muito exigente e muito engenhosa para alguém ser capaz de se encarregar completamente de mim. Ninguém me conhece nem me ama completamente. Só tenho a mim” - Simone de Beauvoir (Mas podia ter sido você. Ou eu. Ou alguém com pouca modéstia.)
Felipe Morozini.
God only knows what I'd be without you. Agora eu também sei. E de alguma forma, preciso te agradecer por isso.
Eba! Finalmente uma mulher presidente! (mas ela é chamada de vaca e de bruxa) Nina Lemos, do 02 Neurônio Uma mulher foi eleita presidenta do Brasil. E isso é uma coisa tão importante, que significa tanto, que provavelmente vamos passar os próximos quatro anos falando sobre isso por aqui. Eu, pessoalmente, tenho vontade de escrever várias coisas sobre o fato. Não, eu nunca imaginei que isso fosse possível. E o fato de eu nunca ter imaginado é triste e mostra o quanto a gente ainda é minoria. Outro dia vi um amigo falando que não fazia diferença ela ser mulher. Não faz para ele, que é homem. Para a gente faz, sim. E para os homens também. Prova: o bulliyng que a presidenta está sofrendo desde a campanha. Pode ver: chamam a Dilma de feia, de vaca, de bruxa, de grossa. Falam que ela é sapatão (se for, ótimo, claro, mas isso é problema DELA). O Brasil se pergunta: mas como assim, ela é solteira, não vai ter primeiro damo. Não, queridos, por enquanto não. A presidenta é uma mulher divorciad
O amor não resolve nada. O amor é uma coisa pessoal, e alimenta-se do respeito mútuo. Mas isto não transcende o colectivo. Levamos já dois mil anos dizendo-nos isso de amar-nos uns aos outros. E serviu de alguma coisa? Poderíamos mudá-lo por respeitar-nos uns aos outros, para ver se assim tem mais eficácia. Porque o amor não é suficiente. José Saramago
Amo. Do verbo levar e suas coreografias de calçada Xico Sá Levo minha menina na calçada, pelo lado de dentro, o da parede, que é o lugar da moça no passeio público, que é o lugar que diz o status do enlace para o mais lesado dos transeuntes. do lado de fora, a bonequinha na beira do asfalto, é amizade; do outro, como na coreografia dos meus passos de fred astaire do crato , do hellcife ou das augustas: romance, namoro, amor de muito, amancebo social clube. Levo ao cine, ao concerto de rock, ao original olinda style, à tapioca, às quiches com alface americana ou aos três acordes arroz, feijão e bife -por favor,uma farofa de ovo e uma cerveja preta, please, sim, ela ama uma banana assada, noooosa!, traga. Não esquecer de levar também, viu, para comprar vestidos e roupas de veraneio, q prazer nada viado aquele barulhinho da cortina dos provadoresvagabundos. levo porque levar é a grande função do bicho macho contemporâneo nesses tempos de frouxidões e covardias no atacado e no varejo. Levo