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Um domingo, duas gatinhas - fábula do amor e seu duplo
Xico Sá

minhas duas gatinhas voltaram no mesmo dia; a que não era gente ficou, juízo não tinha. As duas, porém, me fizeram felizes do mesmo jeito; cada uma me fez bater de um lado do peito. Uma me deixou nervoso; a outra me fez mais calmo. Quando a primeira saiu, não enxerguei a outra a um palmo. Precavido, porém, tranquei uma delas em casa; perder tem limite, corto-lhe as asas. Mas a história foi bem bonita: quando descobri uma das meninas, amor à primeira vista, ela me trouxe a felina, que no futuro ajudaria a diminuir a sua própria falta.

Comentários

Nathalia Pamela disse…
Muito show seu blog.. =O

beeijiinhos to seguindo!

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"Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total". Tem Lacan pra estudar, mas G. Rosa não tá deixando.
"[...] Tio Terêz o levara à beira da mata, ia tirar taquaras. [...]  - Miguilim, este feixinho está muito pesado para você?.  - Tio Terêz, está não. Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais, então eu acho que nunca que é pesado". Guimarães Rosa, "Manuelzão e Miguilim".