Pular para o conteúdo principal
Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida - nós na batida, no embalo da rede, matando a sede na saliva. Ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nessa vida e algum trocado pra dar garantia.
E ser artista no nosso convívio pelo inferno e céu de todo dia, pra poesia que a gente não vive transformar o tédio em melodia. Ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nessa vida e algum veneno antimonotonia.
E se eu achar a tua fonte escondida, te alcanço em cheio o mel e a ferida e o corpo inteiro, feito um furacão: boca, nunca mão e a tua mente não. Ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nessa vida e algum remédio que me dê alegria.

Cazuza

Comentários

Grã disse…
Dri-queri,

"Todo amor que houver nessa vida prá você!"


Bj

Postagens mais visitadas deste blog

"Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total". Tem Lacan pra estudar, mas G. Rosa não tá deixando.
"[...] Tio Terêz o levara à beira da mata, ia tirar taquaras. [...]  - Miguilim, este feixinho está muito pesado para você?.  - Tio Terêz, está não. Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais, então eu acho que nunca que é pesado". Guimarães Rosa, "Manuelzão e Miguilim".