Sujeito indireto Paulo Leminski Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito, feito a coisa fosse o projeto e tudo já nascesse satisfeito. Quem dera eu visse o outro lado, o lado de lá, lado meio, onde o triângulo é quadrado e o torto parece direito. Quem dera um ângulo reto. Já começo a ficar cheio de não saber quando eu falto, de ser, mim, sujeito indireto.
“A poesia é ao mesmo tempo um esconderijo e um alto-falante.” Nadine Gordimer