Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2011
Saudadezinha Tati Bernardi Ainda que eu esteja numa fase bacana e sem nós no peito (o que por um lado é ruim pois a paz sempre me dá alguns quilinhos a mais e alguns textos a menos), resolvi embarcar num momento nostalgia. Não sei se foi o clima de Natal ou de Ano Novo. Não sei se é porque agora, nesse exato momento, estou ouvindo “I know it’s over”, do Smiths, e tomando uma taça de vinho. Só sei que a noite está pedindo e resolvi fazer uma sessão nostalgia. Acho normal. Acho perfeitamente normal lembrar com carinho que você sempre dava um jeito de me mandar mensagens em datas festivas. Estivesse você casado ou namorando ou ilhado num templo budista, dava um jeito. Era como se dissesse, sem dizer “eu sei que já faz tempo, mas ainda amo você”. Também me faz bem lembrar que você nunca, nunca, nunca se alterava. Trouxesse o garçom o pedido errado pela terceira vez ou fizesse um playboy qualquer uma tremenda barbeiragem em cima do seu carro. Você nunca estragava nossas noites. Eram tão rar...
Um dos meus filmes preferidos, uma das minhas músicas preferidas, uma das minhas cenas preferidas.
Um deus também é o vento um deus também é o vento só se vê nos seus efeitos árvores em pânico bandeiras água trêmula navios a zarpar me ensina a sofrer sem ser visto a gozar em silêncio o meu próprio passar nunca duas vezes no mesmo lugar a este deus que levanta a poeira dos caminhos os levando a voar consagro este suspiro nele cresça até virar vendaval Paulo Leminski
Tom Jobim, debaixo da mesa, recebendo alguns de nossos amores ontem .
O mau elemento Tati Bernardi Eu olho pra sua tatuagem e pro tamanho do seu braço e pros calos da sua mão e acho que vai dar tudo certo. Me encho de esperança e nada. Vem você e me trata tão bem. Estraga tudo. Mania de ser bom moço, coisa chata. Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok? E nem o quanto você é bom filho. Muito menos o quanto você ama crianças. E trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo. Colabora, pô. Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder. E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom. E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta. E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo. E que tudo bem se eu só quiser ficar lendo e não abrir a boca. Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz. E acabar com a maravilhosa sensação de ser mise...
Questão de Pontuação João Cabral de Melo Neto Todo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a própria vida: que viva em ponto de exclamação (dizem: tem alma dionisíaca); viva em ponto de interrogação (foi filosofia, ora é poesia); viva equilibrando-se entre vírgulas e sem pontuação (na política): o homem só não aceita do homem que use a só pontuação fatal: que use, na frase que ele vive o inevitável ponto final.
Toque-me Alice Ruiz Toque baião, toque frevo, toque rock, toque rumba, mas não toque nesse assunto toque tudo sempre assim só não toque nesse assunto e nunca toque no fim toque paixão, toque samba, toque funk, toque mambo toque só porque eu mando toque o mundo, toque fundo eu quero que você se toque em cada parte de mim.
Favores Tati Bernardi A ideia de hoje foi te pedir um favor. Eu escolheria algum texto que gosto muito e você leria pra mim. Sem oi, sem tchau, sem coisas feitas ou a fazer. Nada de você, nada da sua vida. Nada que constate a sua existência independente. Apenas a sua voz. Esse é só um dos absurdos que passam pela minha cabeça quando me salta você no peito. Como se meu coração fosse uma dessas caixinhas surpresas e você o boneco de mola pra assustar crianças. Elas se assustam mas riem e abrem de novo e de novo. Acabei de ver Santiago, o documentário, e tive um acesso de choro daqueles. Ele escreveu sobre toda a aristocracia do mundo e isso arrasou comigo, amor. Arrasou. Ele era o garçom das festas, que você chorava. Uma pessoa que servia feliz a uma beleza triste. E no final, não sei se você viu o filme, mas ele quis contar algo pessoal e apressaram ele, cortaram, o que ele realmente queria dizer não tinha importância. E quase, quase quis te pedir um favor. Mais uma das minhas ide...
Cantiga de amor Manuel Bandeira Mulheres neste mundo de meu Deus Tenho visto muitas - grandes, pequenas, Ruivas, castanhas, brancas e morenas. E amei-as, por mal dos pecados meus! Mas em parte alguma vi, ai de mim, Nenhuma que fosse bonita assim! Andei por São Paulo e pelo Ceará (não falo em Pernambuco, onde nasci) Bahia, Minas, Belém do Pará... De muito olhar de mulher já sofri! Mas em parte alguma vi, ai de mim, Nenhuma que fosse bonita assim! Atravessei o mar e, no estrangeiro, Em Paris, Basiléia e nos Grisões, Lugano, Gênova por derradeiro, Vi mulheres de todas as nações. Mas em parte alguma vi, ai de mim, Nenhuma que fosse bonita assim! Mulher bonita não falta, ai de mim! Nenhuma porém, tão bonita assim!
Canção de preferência Não quero teus seios túmidos de desejos maternais. Se teus seios são redondos, há muitos outros iguais. Não quero teus lábios úmidos (beijos, carícias, corais). Se teus lábios são vermelhos, existem lábios iguais. Não desejo teus cabelos - lembranças de vendavais - Se teus cabelos são belos, sei de cabelos iguais. Não, não desejo teu corpo de contornos sugestivos, de braços, de tudo o mais... Só quero teus olhos - teus olhos sem adjetivos - teus olhos originais! Ferreira Gullar
Text art installation spotted in Wiesbaden, Germany.
Casa cheia, gente que eu amo, fim de semana feliz, coração quentinho.
Eles combinam de se encontrar no fim do dia para fazer planos sobre o casamento que acontecerá em breve. Ela: faz jantar, põe a mesa, compra camisola nova. Ele: chega na casa dela, liga a TV, sintoniza no vale-tudo. E solta a frase: "ah, o legal desse programa é ver apostando. Lu, escolhe aí quem você acha que vai ganhar". Ah, os homens, essas fofuras.
Gosto das mulheres que envelhecem, com a pressa das suas rugas, os cabelos caídos pelos ombros negros do vestido, o olhar que se perde na tristeza dos reposteiros. Essas mulheres sentam-se nos cantos das salas, olham para fora, para o átrio que não vejo, de onde estou, embora adivinhe aí a presença de outras mulheres, sentadas em bancos de madeira, folheando revistas baratas. As mulheres que envelhecem sentem que as olho, que admiro os seus gestos lentos, que amo o trabalho subterrâneo do tempo nos seus seios. Por isso esperam que o dia corra nesta sala sem luz, evitam sair para a rua, e dizem baixo, por vezes, essa elegia que só os seus lábios podem cantar. Nuno Júdice
«Aquele que observa as formas de convivência social mas rejeita a mentira é como alguém que se veste de acordo com a moda mas não usa camisa.» Walter Benjami n
É pra ler, pra rir demais e pra pensar "por que ele escreve assim e eu não?". Blowing in the wind Antonio Prata Meu pai nunca entendeu que eu e minha irmã não tínhamos a mesma idade que ele. Isso não se restringia a nós nem mudou com o tempo: até hoje ele conversa com uma criança de três anos de igual para igual, o que faz com que elas o adorem, como se o tom as promovesse a outro patamar. Quando você é filho, no entanto, a coisa é um pouco mais complicada. Era domingo e não sei por que cargas d’água meu pai resolveu nos levar ao Pico do Jaraguá. Não era o tipo de programa que fazíamos nos fins de semana — um sim, um não — que passávamos com ele. Íamos a restaurantes, bares, às casas de amigos dele, ao cinema ou ao teatro. Aquele, contudo, era um domingo atípico, tanto é que a Julia, minha meia irmã (filha do meu padrasto), também estava conosco. Lembro-me de estar deitado no banco de trás da Brasília, com as pernas esticadas por cima do encosto e a cabeça pendendo entre os b...
“A poesia é ao mesmo tempo um esconderijo e um alto-falante.” Nadine Gordimer Zaza, é isso. E eu nunca encontrei uma definição tão boa do que me faz amar o que eu posto aqui.
Pra Carol , que está sempre aqui e que eu adoro. Também sei bem o que é ir reconstruindo, Carol. E amei o poema. Aninha e suas pedras Não te deixes destruir… Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. Cora Coralina
Assim eu vejo a vida Cora Coralina A vida tem duas faces: Positiva e negativa O passado foi duro mas deixou o seu legado Saber viver é a grande sabedoria Que eu possa dignificar Minha condição de mulher, Aceitar suas limitações E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo Aprendi a viver.
A Mari diz, e ela sabe muitas coisas: "E vão e vêm as viagens do mel à dor" Pablo Neruda Obrigada por estar sempre, Mari Clark. Nas idas e vindas.
Tu eras também uma pequena folha que tremia no meu peito. O vento da vida pôs-te ali. A princípio não te vi: não soube que ias comigo, até que as tuas raízes atravessaram o meu peito, se uniram aos fios do meu sangue, falaram pela minha boca, floresceram comigo. Pablo Neruda
Oi, eu sou o Matheus, filho da Ana Elisa, e fiz a Dri babar uma tarde inteira, igual uma idiota.
O amor Tati Bernardi Semana passada liguei pro meu melhor amigo e convidei para um cinema. A gente não se falava desde o ano novo, quando tudo deu errado pro nosso lado. De tempos em tempos sumimos, falamos umas coisas horríveis de quem se conhece demais. Ele topou desde que fosse daqui pra frente, preguiça de conversar da briga e tal. E fomos. Cheguei antes, comprei. Ele chegou depois, comprou água. Porque eu comprei os ingressos, ele comprou também uns doces e disse que pagaria o estacionamento. Porque ele pagaria o estacionamento, eu disse que daria a carona da volta. E com meu coração tão calmo eu voltei a sentir o soninho de sofá de casa com manta que sinto ao lado dele. A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Já tivemos nossos tempos de transar e passar nervoso e aquela coisa toda de quem ama prematuramente. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras...
É sobre turismo, mas parece o que a gente faz com o amor. Não procure um lugar no outro Ricardo Freire Um dos erros mais comuns em viagem é a gente ir para um lugar novo, mas procurando o conhecido. Ninguém está livre de passar por isso. Eu mesmo relatei há pouco como só fui entender Santiago depois que parei de procurar por lá as coisas de que gosto em Buenos Aires. O Brasil, o mundo e a nossa curiosidade são grandes, então é natural querer sempre viajar para um lugar diferente. O jeito mais eficaz de não cair na síndrome do procurar-um-lugar-no-outro é não viajar a um lugar só porque você “não conhece ainda”. Vá a esse lugar porque você quer ver/experimentar tal, tal e tal coisas — de preferência, coisas que só existam naquele lugar. Quando você vai a um lugar novo só para aumentar o número dos lugares onde você já foi, o risco de decepção aumenta. Isso é ainda mais comum nas viagens que não são propriamente “turísticas”, mas de descanso e recarregamento de baterias. Muita gente se...
Porque as mulheres são muito, muito diferentes entre si.
E o Nando Reis gravou uma das minhas barangas do coração! Essa é pra minha irmã, que eu sei que vai curtir como eu. E é também pra minha mãe e pro meu pai, que me apresentaram algumas dessas pérolas. ps: a parte do "cuida bem de mim" é pra cantar alto no carro.
Roubado do blog da Carol : Cantada Ferreira Gullar Você é mais bonita que uma bola prateada de papel de cigarro Você é mais bonita que uma poça dágua límpida num lugar escondido Você é mais bonita que uma zebra que um filhote de onça que um Boeing 707 em pleno ar Você é mais bonita que um jardim florido em frente ao mar em Ipanema Você é mais bonita que uma refinaria da Petrobrás de noite mais bonita que Ursula Andress que o Palácio da Alvorada mais bonita que a alvorada que o mar azul-safira da República Dominicana Olha, você é tão bonita quanto o Rio de Janeiro em maio e quase tão bonita quanto a Revolução Cubana
Alguns achavam que a gente tinha um caso nesses 15 anos, mas o que a gente sempre teve foi amor. E amor a gente vive do jeito certo, sem trapacear. Eu admiro a honestidade com que você sempre soube tratar o amor. Foi isso que me fez amar você (não se esqueça disso). 2010 foi o pior ano da minha vida. Mas 2010 teve você - e olhando pra sua foto eu penso "bom, a vida não é tão injusta assim, certo?". Obrigada por não me deixar desistir de tudo. De você, mas principalmente de mim. "Eu não existo no seu blog". Taí. Mas só pra te fazer sentir incluído, Pe. Pra mim, você sempre existiu aqui. E também aqui dentro.
Poema de Natal Vinicius de Moraes Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez de amor Uma prece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples. Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente.
"Pensei conheço-a tão bem vivemos juntos há tanto tempo conheço a sua cabeça de pássaro os seus braços brancos e o seu ventre até que um dia num fim de tarde de Inverno sentou-se à minha frente e à luz do candeeiro por detrás de nós vi uma orelha rosada uma cómica pétala de pele uma concha com sangue vivo por dentro não disse nada então - teria sido bom escrever um poema acerca de uma orelha rosada mas as pessoas diriam que assunto foi ele escolher está a tentar ser excêntrico pelo que ninguém sorriria pelo que compreenderiam que eu proclamo um mistério não disse nada mas nessa noite quando estávamos na cama delicadamente provei o gosto exótico de uma orelha rosada" -"Escolhido pelas estrelas" - Zbigniew Herbert
As dez melhores coisas da década. E as dez piores. Nina Lemos, do 02 Neurônio. Meus amigos homens começaram a fazer listas de final de ano enlouquecidamente. Ops, também posso fazer uma, pensei. Então, segue a minha lista de melhores e piores da década. Mas, claro, eu esqueci das coisas que aconteceram há dez anos. E, como não sou como meus amigos, que ficam hooooras pesquisando, fiz de cabeça. Então, essa pode ser lida também como uma lista apenas de 2010. As dez melhores coisas da década 1-O 02 Neuronio virou coluna, depois site, empobreceu e virou blog, lançamos uma pá de livros e fomos muito felizes fazendo isso. 2- Agora temos internet! Temos Google. E, o melhor de tudo, temos aquelas pessoas loucas que nos ensinam a trocar lampadas via Youtube. 3- Não morremos. 4- Uma mulher foi eleita presidenta do Brasil. 5- O Laerte virou crossdresser, ou travesti, como ele prefere 6- As pessoas mais sem grana começaram a andar de avião e a frequentar shopping center. Uhu! 7- Os EUA entraram e...
«De que é que estás a rir?» «Descobri o que tu és para mim.» Ela fica à espera e ele deixa-a esperar. Sai da cama e vai buscar um maço de cigarros. Dá um à Zana e acende-lho, sem tirar nenhum para ele. Ela estende-se em cima da cama e ele, que estava nu, mete-se outra vez entre os lençóis. «Às vezes», diz ele, «quando jogo poker tenho a intuição de guardar uma só carta e pedir quatro. Mesmo que as cinco recebidas sejam uma hipótese de sequência ou full-hand, ou isso.» «E então?» Ele ri-se novamente. «Tu és essa única carta que eu guardo. Contra toda a lógica do jogo.» Ela vira-se na cama para o olhar de frente. O decote do roupão mostra-lhe o seio direito, porque Zana está inteiramente nua debaixo do roupão. Nos olhos dela acontece o mesmo milagre que da outra vez: vê-los é como se alguém, espreitando do alto da torre de saltos de uma piscina, descobre de repente e estupefacto que esta não tem água no seu fundo. Quem se atirar de cabeça descerá como um raio até ao centro da Terra. Nuno...
Vai, ano velho, vai de vez, vai com tuas dívidas e dúvidas, vai, dobra a ex- quina da sorte, e no trinta e um, à meia-noite, esgota o copo e a culpa do que nem me lembro e me cravou entre janeiro e dezembro. Vai, leva tudo: destroços, ossos, fotos de presidentes, beijos de atrizes, enchentes, secas, suspiros, jornais. Vade retrum, pra trás, leva pra escuridão quem me assaltou o carro, a casa e o coração. Não quero te ver mais, só daqui a anos, nos anais, nas fotos do nunca-mais. Vem, Ano Novo, vem veloz, vem em quadrigas, aladas, antigas ou jatos de luz moderna, vem, paira, desce, habita em nós, vem com cavalhadas, folias, reisados, fitas multicores, rebecas, vem com uva e mel e desperta em nossso corpo a alegria, escancara a alma, a poesia, e, por um instante, estanca o verso real, perverso, e sacia em nós a fome - de utopia. Vem na areia da ampulheta com a semente que contivesse outra se- mente que contivesse ou- tra semente ou pérola na casca da ostra como se se outra se- mente pude...
Só os idiotas preferem as burras. E é por isso que eles combinam. *** O nerd de hoje é o rico charmoso de amanhã. Investe, boba. Tati Bernardi
«Não sou mais um escritor. Estou cego. Para escrever, preciso ver. Não leio, não consigo escrever também. Sou um ex-escritor. Não adianta ditar versos para alguém porque preciso ver a minha letra construindo-os. Escrevo como quem constrói uma casa. Meus livros têm estrutura, não são reuniões de poesias.» João Cabral de Melo Neto
Tranquila. Cansada. Esperançosa. Com o coração doído. Em boa companhia. E, surpreendentemente, feliz. Fecha a conta e passa a régua.