CPI do amor e do sexo
Xico Sá.
Uma amiga entrou na caixa postal do correio eletrônico do marido.
Um desastre.
Entre cantadas e semi-cantadas ou apenas bobagens virtuais, entrou em desespero, gritou, berrou, discutiu a relação por uma semana, e quase acaba com aquela vida sob o mesmo teto até então reconhecida no seu grupo de amizade como exemplar.
O marido tinha algum caso para valer? Não. Algum namorico mais a sério? Nada. Havia transado com alguém e comentava que foi bom? Nécaras.
Tudo espuma flutuante e virtual, sem lastro de verdade.
Mas foi o bastante para uma baita crise.
Por estas e por outras é que não é nada recomendável quebrar o sigilo postal do companheiro ou da fofolete que te aquece neste inverno.
Ora, quem, entre nós, resistiria a meia hora de quebra do sigilo amoroso ou sexual?
Como na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais, todo mundo, até mesmo no mais escondido dos conventos de devotas beneditinas, já teve o seu “caixa 2” do desejo. Em pensamentos, atos ou omissões.
Em telefonemas, emails ou declarações bêbadas.
Ninguém resiste a meia hora de quebra de sigilo. No amor, somos todos, em alguma ocasião, corruptos. Em maior ou menor grau, todos damos nossas “pisadas de bola”.
Menos naquela hora em que a paixão por alguém nos toma 100% do cérebro e a febre amorosa é capaz de quebrar termômetro. Depois passa.
Nosso destino é pecar, como disse o pudico Nelson, padrinho espiritual deste cronista. Por estas plagas, até a virtude prevarica.
Às sextas-feiras,então,já repararam como o cheiro de pecado toma conta dos bares e é mais forte até do que o odor que vem dos ralos e bueiros?
Quem, entre nós, machos & fêmeas, resistiria a uma CPI do amor ou do sexo?
Este cronista ficaria rico, na pele de um camelô de álibis. Ah, as lindas e impagáveis fraquezas da carne.
As despesas com jantares à luz de vela denunciariam os amantes pelo cartão de crédito ou no extrato para simples conferência. Os porteiros de prédios e motéis seriam os mais perseguidos dos depoentes. Seria um inferno.
A melhor amiga ou o melhor amigo, estas instituições supostamente vestais, também seriam convocados a depor. Na CPI do amor sobraria até para o entregador de pizzas, que também sabe muito sobre os segredos de alcova.
Xico Sá.
Uma amiga entrou na caixa postal do correio eletrônico do marido.
Um desastre.
Entre cantadas e semi-cantadas ou apenas bobagens virtuais, entrou em desespero, gritou, berrou, discutiu a relação por uma semana, e quase acaba com aquela vida sob o mesmo teto até então reconhecida no seu grupo de amizade como exemplar.
O marido tinha algum caso para valer? Não. Algum namorico mais a sério? Nada. Havia transado com alguém e comentava que foi bom? Nécaras.
Tudo espuma flutuante e virtual, sem lastro de verdade.
Mas foi o bastante para uma baita crise.
Por estas e por outras é que não é nada recomendável quebrar o sigilo postal do companheiro ou da fofolete que te aquece neste inverno.
Ora, quem, entre nós, resistiria a meia hora de quebra do sigilo amoroso ou sexual?
Como na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais, todo mundo, até mesmo no mais escondido dos conventos de devotas beneditinas, já teve o seu “caixa 2” do desejo. Em pensamentos, atos ou omissões.
Em telefonemas, emails ou declarações bêbadas.
Ninguém resiste a meia hora de quebra de sigilo. No amor, somos todos, em alguma ocasião, corruptos. Em maior ou menor grau, todos damos nossas “pisadas de bola”.
Menos naquela hora em que a paixão por alguém nos toma 100% do cérebro e a febre amorosa é capaz de quebrar termômetro. Depois passa.
Nosso destino é pecar, como disse o pudico Nelson, padrinho espiritual deste cronista. Por estas plagas, até a virtude prevarica.
Às sextas-feiras,então,já repararam como o cheiro de pecado toma conta dos bares e é mais forte até do que o odor que vem dos ralos e bueiros?
Quem, entre nós, machos & fêmeas, resistiria a uma CPI do amor ou do sexo?
Este cronista ficaria rico, na pele de um camelô de álibis. Ah, as lindas e impagáveis fraquezas da carne.
As despesas com jantares à luz de vela denunciariam os amantes pelo cartão de crédito ou no extrato para simples conferência. Os porteiros de prédios e motéis seriam os mais perseguidos dos depoentes. Seria um inferno.
A melhor amiga ou o melhor amigo, estas instituições supostamente vestais, também seriam convocados a depor. Na CPI do amor sobraria até para o entregador de pizzas, que também sabe muito sobre os segredos de alcova.
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