Açúcar emprestado Luis Fernando Veríssimo Vizinhos de porta, ele o 41 e ela o 42. Primeiro lance: ela. Bateu na porta dele e pediu açúcar emprestado para fazer um pudim. Segundo lance: ela de novo. Bateu na porta dele e perguntou se ele não queria provar o pudim. Afinal, era co-autor. Terceiro lance: ele. Hesitou, depois perguntou se ela não queria entrar. Ela entrou, equilibrando o prato do pudim longe do peito para não derramar a calda. - Não repara a bagunça... - O meu é pior. - Você mora sozinha? Sabia que ela morava sozinha. Perguntara ao porteiro logo depois de se mudar. A do 42? Dona Celinha? Mora sozinha. Morava com a mãe mas a mãe morreu. Boa moça. Um pouco... E o porteiro fizera um gesto indefinido com a mão, sem dizer o que a moça era. Fosse o que fosse, era só um pouco. A conversa começou com apresentações e troca de informações - "Nélio", "Celinha", "Capricórnio", "Leão", "Daqui mesmo", "Eu também" - e continuou e...
Comentários
seu namorado acaba de me aplicar no (s) seu (s) blog (s). Comecei a ler o antigo e agora passei para este daqui. Pode ter certeza de que você acabou de ganhar um leitor assíduo. Gostei de absolutamente tudo que você já postou (o que não é novidade vindo da sua pessoa). Só não gostei do post do seu blog antigo do dia 12/20/2003 às 07:39:25 PM. Se você por acaso deletasse este post, aí sim, ficaria perfeito.
Um abraço