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À vida
Florbela Espanca

Ém vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo "Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfa-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia,
A gente esquece sempre o bom de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

Comentários

Dri disse…
Algumas (várias) considerações.
* Adoro Florbela, aliás, preciso te contar uma história bizarra envolvendo Florbella e uma aluna minha. Volto em outro comentário; o episódio seria cômico não fosse trágico.
* Eu sou gente legal. Rá!
* Sua irmã (de sangue?) escreve em inglês (sim, andei fuçando). Gostei demais.
* Por que o seu Fer não escreveu mais?
Ana B. disse…
Dri Que Eu Nao Conhece;
Sobre consideracoes 3 e 4:
• Sou irma da Dri de ca sim, de sangue. Temos um nariz estranho em comum alem de um senso de humor cruel. Morei nos EUA quase 7 anos e acabei de voltar. Prefiro escrever em ingles, meu portugues anda ridiculo. Quem sabe quando eu aprender de novo eu mudo de indioma? Continua lendo meu blog.
• Esse Ferdinando eh o blogueiro mais folgado que existe. Ele nao so nao comenta aqui como nao escreve nem no blog dele. Ele anda muito ocupado plantando florzinha pra ficar na internet. Xinga ele mesmo.

Eh So isso. Beijo meu.
Gravata disse…
E a Ana B. é minha gêmea. Sério.

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‎"[...] ousei escrever, em algum lugar, 'Freud e eu'. [...] Por que haveria algo de escandaloso, por parte de alguém que passou a vida inteira ocupado com a contribuição de Freud, em dizer 'Freud e eu'?". Lacan, "Seminário 16".
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