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Quando um amor acaba, não há muito o que dizer ou explicar. E as tentativas são inúteis. É triste discutir relações que não existem mais. Tão triste como um cão na chuva. O quanto se amou, as saudades, o que doeu e onde, quem é mais culpado..eu ou você? O seu nome na agenda do celular que não existe mais como também não existe mais um nós ou sua cara de sono pela manhã. O que sobrou, o que fica e insiste é a vida sempre pedindo uma nova chance, é todo o mundo que hoje existe porque você deixou de existir. Ou, melhor, continua existindo mas da sua maneira. A sua maneira longe de mim. Porque hoje já não falo mais de nós para os amigos que perguntam de você. Hoje, escolhi a vida e todo o resto do mundo. Porque hoje já não falo mais mesmo que você exista e sempre vai existir dentro de mim: um pedaço. Mas não um despedaçamento. Há um mundo porque hoje já não falo mais.

Mari Clark. Sempre.

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Falou o que eu sinto e a minha situação, tudo que não consigo dizer.

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"[...] Tio Terêz o levara à beira da mata, ia tirar taquaras. [...]  - Miguilim, este feixinho está muito pesado para você?.  - Tio Terêz, está não. Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais, então eu acho que nunca que é pesado". Guimarães Rosa, "Manuelzão e Miguilim".