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Saber desistir. Abandonar ou não abandonar – esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça alguma coisa? como, digamos, o próprio fim do mundo? ou seja lá o que for, como a minha morte súbita, hipótese que tornaria supérflua a minha desistência?

Eu não quero apostar corrida comigo mesmo. Um fato.

Clarice Lispector, "Um sopro de vida".

Comentários

Anônimo disse…
Ei!
Olha "ele" aqui de novo.
"Ele" voltou, só pra dizer "oi", e perguntar "voce vem sempre por aqui?". Rs.
Você é a pessoa mais delicada, carinhosa, e amor do mundo.
Um beijo grande,
P.
Anônimo disse…
Texto lindo e absolutamente necessário para o dia de hoje!!!
Muito Obrigada

Nina

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