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Manoel de Barros
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O poema é antes de tudo um inutensílio.

Hora de iniciar algum
convém se vestir de roupa de trapo.
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Há quem se jogue debaixo de carro
nos primeiros instantes.
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Faz bem uma janela aberta.
Uma veia aberta.
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Pra mim é uma coisa que serve de nada o poema
Enquanto vida houver
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Ninguém é pai de um poema sem morrer

Comentários

Anônimo disse…
Esse a gente morre ssó de ler.
Beijos,
Cris Barreto.

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"Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total". Tem Lacan pra estudar, mas G. Rosa não tá deixando.
"[...] Tio Terêz o levara à beira da mata, ia tirar taquaras. [...]  - Miguilim, este feixinho está muito pesado para você?.  - Tio Terêz, está não. Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais, então eu acho que nunca que é pesado". Guimarães Rosa, "Manuelzão e Miguilim".