“A possibilidade de povoar o mundo com gente mais afetuosa e induzir pessoas a terem mais afeto não figura nos panoramas pintados pela utopia consumista. As utopias privatizadas dos caubóis e cowgirls da era consumista mostram, em vez disso, um ‘espaço livre’ (livre para mim, é claro) amplamente estendido, um tipo de espaço vazio do qual o consumidor líquido-moderno, inclinado a performances-solo, e apenas a elas, sempre precisa de mais e nunca tem o bastante. O espaço de que os consumidores líquido-modernos necessitam, e que são aconselhados de todos os lados a obter lutando e a defender com unhas e dentes, só pode ser conquistado se expulsando outros seres humanos – em particular os tipos de indivíduos que se preocupam e/ou podem precisar da preocupação dos outros”.
Z. Bauman, "Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria", p. 68.
Estudando para o doutorado. Vamos lá, coragem.
Comentários
Beijos, linda.
Nic.